quarta-feira, 9 de julho de 2008

Os carros eléctricos

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O nosso Primeiro Ministro anda a anunciar os veículos eléctricos como uma das respostas ao choque petrolífero (Jornal Público):

Memorando entre Governo e Renault- Nissan
Sócrates: automóveis eléctricos irão pagar apenas 30 por cento do imposto automóvel

09.07.2008 - 12h20
Por Lusa, PÚBLICO
Reuters (arquivo)
EDP, Galp, Efacec, Martifer, Sonae, Jerónimo Martins e instituições financeiras são alguns dos parceiros dos carros eléctricos do futuro
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que o Governo está a estudar um modelo fiscal para permitir que os futuros carros eléctricos, sem emissões poluentes, possam pagar 30 por cento do actual imposto automóvel.

O anúncio de Sócrates foi feito na cerimónia de assinatura de um memorando entre o Governo e a Renault-Nissan para a comercialização em Portugal de um veículo eléctrico a partir de 2011.

"Se um carro eléctrico já existisse actualmente, apenas pagaria 30 por cento do imposto automóvel, já que este imposto tem em 70 por cento uma componente ambiental. O Governo está disponível para criar um quadro fiscal ainda mais atraente", disse.

Além de vantagens ao nível do preço, o chefe do Governo declarou que caberá ao executivo criar uma rede de infra-estruturas que permita ao consumidor abastecer sem dificuldade o seu carro eléctrico.

"Penso que em pouco tempo seremos capazes de criar essas infra-estruturas para carregar ou substituir a bateria do carro eléctrico", disse. Há várias empresas portugueses que já terão sido contactadas e que podem contribuir para acelerar a introdução de veículos eléctricos em Portugal. Desde logo, a eléctrica EDP, a petrolífera Galp, que possui centenas de postos de abastecimento de combustíveis espalhados pelo país, a empresa de equipamentos eléctricos e electrónicos Efacec, a Martifer, instituições financeiras e redes de supermercados da Sonae e Jerónimo Martins.

O primeiro-ministro demonstrou o desejo de Portugal ser o "laboratório dos futuros carros eléctricos" e de receber tanto o investimento da Renault-Nissan como de outros construtores automóveis.

O protocolo assinado com o grupo franco-japonês prevê que o Governo "proporcione as condições para que o consumidor de um veículo eléctrico não tenha qualquer desvantagem em preços ou mobilidade.

Em relação à aposta nestes veículos sem emissões poluentes, o primeiro-ministro sublinhou que "Portugal está na linha da frente desta aventura com a Dinamarca e Israel", ponto em que aproveitou para deixar uma crítica à União Europeia. "Espero que, no futuro, possamos estar acompanhados pela Europa. Lamento que a Europa ainda não tenha apostado mais neste domínio e não esteja a ser mais ambiciosa, por que não podemos continuar passivos por muito mais tempo", declarou.

De acordo com o memorando de entendimento agora assinado, o Governo português vai estudar conjuntamente com a Renault-Nissan a forma de criar condições adequadas para os veículos eléctricos serem uma oferta atractiva para os consumidores portugueses.

Caberá também ao executivo contribuir para o desenvolvimento das infra-estruturas e organizações necessárias para criar uma ampla rede de estações de carga para os veículos eléctricos, a nível nacional, assim como identificar os canais mais eficazes de comunicação e educação para sensibilizar para a importância destes modelos, que permitem reduzir as emissões.

As negociações entre o Governo e a Renault-Nissan arrancaram em Maio e com este protocolo o objectivo será promover a mobilidade com zero emissões no país.



Vamos ver o que isto dá. Oxalá dê certo mas de uma forma ambientalmente correcta em que se possam reciclar devidamente as baterias usadas nestes automóveis. A energia eléctrica também deve ser "limpa". Como temos tanto sol não será possível carregar as baterias destes futuros automóveis através da energia solar? Se assim for os lugares para estacionar mais procurados passarão a ser os que estiverem ao sol. Uma mudança radical de hábitos! O que irá ser bom é a diminuição da poluição atmosférica das cidades. Se a isto se juntarem boas políticas de desenvolvimento dos transportes públicos eléctricos então as nossas cidades caminharão no bom sentido: menos poluídas, menos engarrafadas e, consequentemente, muito mais saudáveis.

2 comentários:

Carlos Faria disse...

assumo que é uma área que não domino, mas acabei de ler um comunicado da quercus que pelo teor parece denunciar um tipo de desinformação abusiva desse acordo, pois o tipo de carros em causa já estão isentos de imposto automóvel. pelo que já nem sei se não foi só "show-off"

Pedro da Veiga disse...

Olá Pedro, meu homônimo português, li sua matéria sobre carros elétricos e procurei algo sobre o mesmo tema aqui no Brasil e encontrei a fabricação de protótipos pela Itaipu Binacional, que publico no meu blogue: http://pedrodaveiga.blogspot.com/
materia interessante..
Abracos PVeiga