domingo, 24 de outubro de 2010

Cogumelos mágicos!


Jardim_Gulbenkian_IMG_4642, originally uploaded by Pedro Veiga.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Outono


Parque das Conchas_IMG_4617, originally uploaded by Pedro Veiga.

Dias de sol, atrás de dias de sol. São uma boa ajuda para contrariar o clima depressivo induzido pela nossa baixíssima classe política.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

domingo, 10 de outubro de 2010

Universidade de Lisboa vai fazer 100 anos. Faltam 30 milhões de euros para um novo museu de ciência em Lisboa


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Notícia do jornal Público de 10.10.2010

Por Alexandra Prado Coelho

A Universidade de Lisboa (UL) quer criar um importante pólo museológico, reunindo grande parte das suas colecções científicas, no que são hoje os Museus da Politécnica. O centenário da universidade - que se assinala em 2011, mas cujo programa de comemorações é anunciado oficialmente amanhã, na abertura do ano académico - seria o momento ideal para lançar esse projecto. Para o concretizar falta essencialmente uma coisa, segundo o reitor António Sampaio da Nóvoa: trinta milhões de euros para o investimento inicial.

Cem anos é uma idade respeitável, e a UL quer aproveitá-la para recuperar muito da sua história e da sua memória na cidade. "Queremos mostrar como a Universidade esteve ligada à cidade desde o século XIII. Há um património vastíssimo do ponto de vista dos edifícios, que as pessoas conhecem mal", explica António Nóvoa. Neste momento está já a fazer-se o registo deste património e a planear-se percursos pela cidade para o quem quiser conhecer melhor.

Para além dos edifícios, existem as colecções, que também estão a ser inventariadas. "Gostaríamos de publicar um livro sobre elas e aproveitar este balanço para revalorizar a dimensão museológica da Universidade e conseguir construir pelo menos um grande pólo museológico nos actuais Museus da Politécnica, e um segundo pólo mais centrado nas questões da saúde no edifício histórico do Instituto Bacteriológico Câmara Pestana", diz Nóvoa.

A discussão sobre o projecto já foi lançada - e tem estado rodeada de alguma polémica. O reitor pediu um parecer a um grupo internacional de peritos presidido por Rosalia Vargas, presidente da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, e uma das recomendações foi a de fundir os dois principais museus da Politécnica, sob o nome de Museu Nacional de História Natural. Uma hipótese que implicaria o "desaparecimento" do actual Museu da Ciência com este nome e a integração das suas colecções no novo museu.

Apresentado no final de Junho numa sessão pública, o relatório foi alvo de muitas críticas por parte de pessoas ligadas à comunidade museológica e científica, que viam com preocupação essa diluição do Museu da Ciência. António Nóvoa prefere salientar os pontos mais consensuais. "O debate foi muito conclusivo em relação à necessidade de requalificação de todo aquele espaço." Até porque, sublinha, "a situação que se vive actualmente [nos Museus da Politécnica] é impensável, quase do domínio do degradante."

"Ter um olhar nacional"

É preciso melhorar, portanto. "Criou-se um movimento genuíno para a requalificação daquele espaço e isso é muito importante porque havia gente, dentro e fora da universidade, com uma atitude muito conservadora. O discurso de que é preciso proteger é muito importante, mas a protecção sem alternativas leva à decadência. Se não se fizer nada as coisas vão desaparecendo e um dia alguém fecha a porta porque já não há nada para proteger."

Mas, como reitor da UL, é sensível às preocupações manifestadas em relação ao futuro do Museu da Ciência? "Sou extraordinariamente sensível a isso, mas julgo que temos que ser inteligentes e audazes. Todos reconhecemos que Portugal tem museus a mais. Acho que a Universidade não deve reproduzir essa lógica. Temos que perceber como é que se consegue preservar o trabalho de grande qualidade que se faz no Museu da Ciência. Mas sabemos que há outras universidades que também têm planos para fazer museus da Ciência e da Técnica. Temos que olhar para isto do ponto de vista do país e não dos interesses locais. Um dos problemas de Portugal - e isto é verdade para os museus como para as universidades - é que temos um olhar muito local." Aponta para uma cadeira vazia à sua frente. "Achamos que esta cadeira é muito importante e que temos que a preservar e depois desconhecemos que há duas mil cadeiras destas espalhadas pelo país. A preservação e divulgação das colecções têm que ter um contexto nacional."

Uma segunda conclusão do debate, na leitura do reitor, foi a de que "é preciso haver um projecto integrado para aquele espaço". Ou seja, "a ideia de que há um Museu de História Natural e um Museu da Ciência e um Jardim Botânico e mais um museu disto e daquilo, é impensável. A certa altura é uma coisa completamente balcanizada, que não tem leitura para o visitante, não tem capacidade de gestão integrada e sobretudo não tem nenhuma contemporaneidade do ponto de vista do que é um projecto museológico."Por fim, parece ser pacífica a ideia de que é importante que aquele espaço se abra à cidade. A Câmara Municipal de Lisboa lançou um concurso de ideias para a zona que vai do Parque Mayer, junto à Avenida da Liberdade, até à Rua da Escola Politécnica, e a proposta vencedora foi do arquitecto Manuel Aires Mateus. Até que ponto os planos para o pólo museológico da UL estão dependentes de este projecto avançar ou não?

O projecto "não intervém" directamente sobre o património da Universidade (Museus da Politécnica e vários outros edifícios que os rodeiam), explica o reitor. Com duas pequenas excepções: "a requalificação das casotas que existem à volta do Picadeiro, mas que correspondem a um espaço mínimo", e "a possibilidade de, no prolongamento da alameda das palmeiras, fazer um edifício que crie uma ligação com o parque de estacionamento em baixo". Esta última solução ajudaria a resolver aquele que é um dos principais problemas dos Museus da Politécnica: os acessos.

Mas se para todas estas questões em aberto - e que deverão ser resolvidas por uma comissão instaladora a criar em breve - António Nóvoa acredita que serão encontradas soluções relativamente consensuais, há um outro problema que o reitor considera o mais complicado: a falta de dinheiro. "O grande problema vai ser arranjar os fundos para investir a sério naquele espaço."

Para manter os museus a funcionar como estão actualmente - num "estado de sobrevivência" - a UL gasta anualmente três milhões de euros. "É uma verba que, para um orçamento como o nosso, é muito significativa. Retiramos um bocadinho a Direito, outro a Medicina, outro a Letras... Não temos tido apoio de ninguém. O Jardim Botânico custa fortunas em água e nunca tivemos qualquer apoio. Estamos sozinhos nesta batalha."

Apesar disso, Nóvoa acredita que a UL poderá continuar a dispor dessa soma todos os anos e que ela será suficiente para assegurar o funcionamento do novo museu, juntamente com algumas receitas próprias que este viesse a gerar e uma ou outra loja que abrisse no local. Mas deixa uma crítica: "Há uma forma de financiamento das universidades em Portugal que não considera o património nem os museus, contrariamente ao que acontece em países como o Reino Unido. E isso obviamente penaliza as universidades mais antigas, em primeiro lugar Coimbra, com todo o património histórico que tem que cuidar, mas também a UL."

Quanto aos trinta milhões, a Universidade põe a hipótese de "recorrer a empréstimos, associar outras entidades, fundações, a câmara municipal, o Governo, e ir buscar alguns fundos europeus, embora isso seja muito difícil no caso de Lisboa". Mas "tudo isto é curto", lamenta o reitor. "O plano de sustentabilidade de um museu a sério consegue-se. O nosso grande problema é onde vamos encontrar os trinta milhões."


Comentário:

Ao ler o texto sente-se as dificuldades que existem em formar um só museu que agregue a história natural e a ciência.

sábado, 9 de outubro de 2010

Obra inacabada III


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Obra inacabada II


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Obra inacabada


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Arco-íris


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Mau ambiente urbano


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Verde, depois da chuva!


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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Só neste país



O ambiente de trabalho deteriorou-se, o desalento invade tudo, a indefinição do futuro aumenta e, por fim, o nevoeiro adensa-se. Por isso: Só neste país é que se diz "só neste país". Estaremos adiados até quando?

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Choque entre duas massa de ar diferentes

A separar duas massas de ar (uma tropical e outra polar) existe uma superfície frontal. No caso da imagem o "caracol de nuvens", ao largo da Irlanda, representa uma baixa pressão muito cavada resultante a progressão para norte de uma massa de ar tropical húmido. Ao largo de Portugal Continental desenvolve-se uma frente fria que trará chuva abundante para amanhã. Se o sector da massa polar com instabilidade nos atingir seremos nos próximos dias "regados" com aguaceiros fortes. Depois o ar ficará mais limpo e a semana que vem será certamente mais calma, isto se o Anticiclone dos Açores recuperar a sua posição que tinha anteriormente.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Mais uma tempestade em vista


sinóptica 8-10-2010, originally uploaded by Pedro Veiga.

Ventos fortes e chuva, devido aos efeitos associados a uma baixa pressão muito cavada cujo núcleo se aproximará de Portugal Continental entre 6ª feira e Domingo próximos.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Do blog "Ladrão de Bicicletas"

A lógica insustentável da austeridade recessiva

De José M. Castro Caldas

Dizer da contenção orçamental acelerada que ela encerra o risco de nova recessão, de aumento das desigualdades e de asfixia do estado social, sendo verdade, é uma caracterização enganadora das políticas de austeridade recessiva. A questão não é apenas “o risco” que elas encerram mas antes a sua intenção. As políticas de contenção orçamental acelerada pretendem precisamente gerar efeitos recessivos, aumentar as desigualdades e asfixiar o Estado social. Pretendem e provavelmente conseguem.

Qual é a lógica? Induzir a descida dos salários em termos nominais e reais, para reduzir o consumo, o preço dos bens e serviços de exportação e atrair capitais. Supõem que se isto acontecesse o desequilíbrio da balança de bens e serviços seria corrigido, as necessidades de financiamento externo diminuiriam, obtendo-se deste modo o que a desvalorização cambial que deixou de ser possível permitia alcançar no passado.

A descida dos salários pretendida não é apenas a dos salários da administração pública. Essa descida pode ser obtida por decreto. Já a outra, a do sector privado, é mais difícil. Mas pode ser conseguida com a influência que as decisões salariais na administração pública têm no sector privado, com mais desemprego, uma menor duração e montante das prestações sociais de apoio aos desempregados e a retirada de outros apoios sociais. Com mais desemprego e menos protecção os trabalhadores seriam obrigados a aceitar trabalhar por menos dinheiro. A isto chamam eles com enorme desfaçatez “políticas que tornam o trabalho compensador”.

Para alcançar os seus objectivos a contenção orçamental acelerada deve ao mesmo tempo acentuar as desigualdades. A factura do “ajustamento” orçamental não pode ser paga pelos rendimentos de capital, porque, supõe-se, isso assustaria os capitais que se pretendem seduzir e espantá-los-ia para outras paragens.

Além disso, o Estado social que se supõe insustentável em termos financeiros deve ser emagrecido, sobretudo no sector da saúde e das pensões. A prestação de cuidados de saúde e as pensões devem degradar-se para que floresçam mercados novos e novas oportunidades para os fundos de investimento e as companhias seguradoras em sectores relativamente protegidos da concorrência.

A estranha noção de que a recessão pode ser remédio está para a Economia como o uso de sangrias e sanguessugas está para a Medicina. Baseia-se numa pseudo-ciência económica que vigorou antes da Grande Depressão, foi varrida do mapa depois dela, e renasceu com novas roupagens na década de 1980 do século XX. Essa Economia da idade das trevas cultiva as abstracções e os pressupostos irrealistas e recusa-se a aprender com a experiência.

Foi precisamente a experiência da Grande Depressão que fez compreender que a lógica da austeridade recessiva está errada. A descida dos salários numa só empresa ou num só país pode permitir a esse país (ou empresa) recuperar o equilíbrio vendendo bens e serviços mais baratos. Mas a mesma descida de salários não tem qualquer efeito nas contas externas do país ou no balanço da empresa, ou tem efeitos contrários aos desejados, quando é realizada em simultâneo por todos. Para onde exportar quando todos recorrem em simultâneo a estratégias recessivas como actualmente ocorre na União Europeia? A esta não-correspondência entre o que se passa nos níveis micro e macro da economia veio a chamar-se a “falácia da composição”.

A Economia da idade das trevas pressupõe também que menores salários podem atrair mais capitais. A experiencia mostra, pelo contrário, que os custos salariais, não são de há muito o factor de competitividade que os capitais, pelo menos os capitais que nos interessa atrair, procuram. Os capitais que procuram baixos salários têm muito para onde ir que não a Europa.

As benesses fiscais, pelo contrário, são importantes para os capitais móveis. Mas por um efeito de composição semelhante ao dos baixos salários são inúteis quando todos os Estados recorrem a elas num stip tease social indecoroso como o que actualmente decorre.

Por outro lado, o estado social é sem dúvida caro. Mas a experiência mais uma vez mostra que a provisão privada de saúde e de pensões é muito mais cara, essa sim ao ponto de ser insustentável.

Desmentida pela experiência, descredibilizada pela exposição das suas consequências, a Economia da idade das trevas, foi abalada nos duros dias de crise de 2008 e 2009. Mas quando a falência reemergiu como crise das finanças públicas, recobrou forças e voltou a ocupar o espaço público. Afinal, esta foi a Economia que os muitos economistas que hoje povoam os círculos do poder público e empresarial aprenderam.

Os velhos hábitos de pensamento são os últimos a morrer.

Tão incorrecto como caracterizar a contenção orçamental acelerada a partir dos riscos que encerra é presumir que os governos europeus, incluindo o nosso, adoptam a austeridade recessiva, depois de muitas insónias, só porque os mercados financeiros, o BCE e a senhora Merkel mandam. Na realidade, os ministros das finanças, os burocratas da comissão, os governadores do BCE e dos bancos centrais, autores dos planos que depois são apresentados aos chefes de governo como a alternativa única que “a ciência” determina, educados que foram na Economia da idade das trevas acreditam mesmo que a deflação salarial é o caminho mais curto para os amanhãs de equilíbrio que cantam. Podem ter alguma dificuldade em persuadir colegas que se assustam com as eventuais consequências eleitorais e sociais das sangrias violentas, mas no final têm conseguido.

A Economia da idade das trevas impede-os a todos de ver que a saída para a crise das finanças públicas devia ser procurada por outras vias. Não tinha de ser assim.

Na realidade, uma União Europeia dotada de um orçamento e de um Banco Central capaz de intervir no mercado primário da dívida soberana, capacitada com instrumentos de política económica, atenta tanto aos défices das balanças correntes como aos seus excedentes, e capaz de cuidar de uma inserção na economia global que não servisse apenas os interesses dos sectores exportadores alemães, teria outras opções que não a austeridade regressiva.

Mas uma tal União Europeia só é possível com outros agentes políticos. A Economia da idade das trevas penetrou fundo em todos os partidos do arco da governação europeia. Sacudir a sua hegemonia só é possível com uma mudança do pessoal político dentro dos partidos e com uma mudança da composição política dos parlamentos e governos.

Por isso mesmo, mais errado ainda do que presumir que os governos europeus adoptam a austeridade recessiva a contragosto é pensar que aos cidadãos nada mais resta do que consentir ou mesmo apoiar políticas que não só empurram os custos do “ajustamento” para quem menos pode e merece pagar, como são incapazes de cumprir as suas promessas. No final um Estado e uma economia mais pequenos terão mais dificuldade em fazer face ao serviço da divida. Mais tarde ou mais cedo “os mercados” não deixaram do nos castigar por isso mesmo.

A austeridade recessiva é um plano inclinado. Não deve ser apoiada nem activa, nem passivamente. Tão pouco o devem ser os seus executantes. Os limites estão a ser ultrapassados e para lá deles o que está em causa é própria possibilidade de viver livre e dignamente em sociedade.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A derivada da função está no zero


oil peak em 2010, originally uploaded by Pedro Veiga.


extraído de: http://www.businessinsider.com/the-oil-peak-has-been-reached-2010-10

e ameaça tornar-se negativa, pelo que...

Número da revista "Science" de 4/2/1949


King Hubbert - oil peak, originally uploaded by Pedro Veiga.

Está lá tudo. Só foi necessário fazer contas...

Os PIIGS vão ser os mais afectados pelo "oil peak"

Extraído de: The Oil 'Peak' Has Been Reached

PIIGS are the most affected

One of the groups in the OECD that will suffer most with the contraction of available oil is the one formed by those countries most dependent on oil in their energy mix, according to Luís de Sousa. "A detail must be noted - those countries in greatest difficulties will be precisely those called the PIIGS. These countries each have an oil dependence in their total energy mix of over 45%, including Greece with 58%, Portugal and Ireland with 55%, Spain with 48% and Italy with 46%. This is in contrast to the European Union average of 37%. If we add the four countries with oil dependency above the European average, but below 45%, we get a complete map of the zone where the 'undulating plateau' will have the greatest impact. Besides the PIIGS, this includes Austria (44%), Holland (42%), Belgium (41%) and Denmark (39%)."

The weakest sector for the five most vulnerable countries of the euro-zone (Portugal, Ireland, Italy, Greece and Spain) is the transport sector, particularly when road-based. "This dependency can derive from geographic location, inappropriate urban and national planning or both" says Luís de Sousa. He recommends increasing maritime and railway modes of transportation; it is not sufficient to modernize the electrical infrastructure or to encourage other sources of energy.


Read more: http://www.businessinsider.com/the-oil-peak-has-been-reached-2010-10#ixzz11QfwSggN


Ou seja, em 2011 a TEMPESTADE vai começar. Por isso segurem-se bem!

Até o FMI diz isto:

Por cada 1% (em relação ao PIB) de corte do défice, o produto contrai 0,5% e o desemprego aumenta 0,3% ao longo dos dois anos seguintes...
ver aqui e aqui.
Agora imaginemos isto com o auxílio da subida inevitável do preço do petróleo devido ao aumento da procura e à impossibilidade de se poder aumentar a sua extracção - pelo efeito do pico petrolífero ou "peak oil".

Os "dias de lixo"

Segundo José Pacheco Pereira no Abrupto:

"O que aconteceu ao primeiro-ministro islandês, que vai ser julgado pela maneira como procedeu na crise bancária que levou o país à falência, devia acontecer cá. E não me venham meter no mesmo saco toda a gente dizendo que todos são responsáveis pela situação actual, a terminar no próprio povo (na versão de Almeida Santos), que é a melhor maneira de desresponsabilizar José Sócrates e o PS. O que aconteceu desde 2008, data já caridosa e benevolente, só tem um responsável. Pode ter havido e houve muitos erros de governação, alguns dos quais de responsabilidade do PSD e do CDS (que governaram, convém não esquecer, apenas dois anos para mais de quinze do PS), mas nada se compara a esta governação subordinada à vaidade e à prepotência de um homem que não se enxerga na sua irresponsabilidade. É de facto criminoso."

Sem dúvida que é um crime que ficará sem culpados. Esta corja de gente que hoje nos governa está de malas feitas a caminho da recompensa que os espera: um lugarzito muito bem remunerado numa empresa pública ou privada.
Depois de enganarem o povo, agora podem enriquecer sossegadamente...

sábado, 2 de outubro de 2010

Trabalhos na praia

A última semana foi difícil pela insistência do negativismo das notícias que nos invadem os ouvidos todos os dias - a propósito do orçamento de 2011.
Mas, felizmente o trabalho tem corrido bem. A investigação dos sedimentos avança com múltiplos dados adquiridos em condições por vezes difíceis - como estas na praia da Almagreira:

De Almagreira28Jun2010_2


Aqui estávamos no limite das condições aceitáveis para recolher sedimentos em suspensão com o auxílio de uma armadilha de sedimentos.
Mas as condições de Verão na Comporta recompensaram as tarefas mais difíceis dos outros trabalhos em condições mais invernosas:

De Álbum geral

Esta última imagem mostra os aparelhos a registarem as ondas, as correntes e a concentração de sedimentos em suspensão.
Agora estamos a tratar do volume enorme de dados e a tentar relacionar os diferentes registos. Vamos ver o que isto dá!

Madeira, Maio de 2007


Madeira, Maio de 2007, originally uploaded by Pedro Veiga.

O Sr. Engenheiro no seu melhor!



Ele diz isto no seu "bad english" mas faz isto: http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/governo-compra-mercedes-de-141-mil-euros_1459101

A matemática dos PEC's

PEC I, em Março de 2010.
PEC II, em Maio de 2010.
PEC III, em Setembro de 2010.
O PEC IV é capaz de ser anunciado ainda em Dezembro de 2010.

Assim, de PEC em PEC vamos ficando cada vez mais apertados. Tenho sérias dúvidas se Portugal existirá para lá destes PECs. Talvez fosse melhor, daqui em diante, esquecer o nome de Programa de Estabilidade e Crescimento e adoptar, ao invés, o nome de Programa de Instabilidade e Decrescimento - PID. Porque com tanto corte o PIB só irá decrescer e não crescer (que infelicidade Senhor Engenheiro, tenho o coração tão apertado). Assim, matematicamente falando, até ao anúncio do PEC IV, a equação económica de Portugal será:

PEC I + PEC II + PEC III = PID

Juntando o PEC IV, será:

PEC I + PEC II + PEC III + PEC IV= PID

Na última equação o PID é a negrito porque o decrescimento do PIB será ainda mais acentuado.
Ainda falta saber o que acontecerá à evolução do preço do petróleo durante os próximos tempos.

Isto não está fácil...