sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

O aquecimento é global!

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Parece ser global a tendência para o aumento das temperaturas no globo terrestre. Uma notícia no jornal “Público” de hoje releva os efeitos do aumento das temperaturas:

Invernos já não são o que eram na Europa e partes da América do Norte

Estação está a ser demasiado amena. Nos EUA, 2006 foi o ano mais quente desde que há registos fiáveis da temperatura
O Outono europeu foi brando. E o Inverno vai pelo mesmo caminho. Nos últimos dias, temperaturas anormalmente elevadas têm sido registadas em vários países, alterando hábitos dos cidadãos e da própria natureza.
Só agora os ursos estão a começar a hibernar na Suécia e na Rússia, com dois meses de atraso. Árvores de fruto têm flores a brotar precocemente, como os pessegueiros e as ameixoeiras em Itália.
Até na saúde os efeitos são temporalmente bizarros. Na Áustria, especialistas lançaram avisos para os alérgicos de que algumas espécies de árvores já estão quase prontas a libertar pólen, antecipando em meses a Primavera.
Por todo o lado, as temperaturas estão elevadas. Na Bélgica, chegaram a atingir 11,8 graus Celsius este mês, que deveria ser de frio. O comércio está-se a ressentir, mas por outro lado os consumidores saem a ganhar. "Os armazéns das lojas estão cheios de casacos, os compradores terão mais escolhas e provavelmente maiores descontos do que no ano passado", disse Roberto Borghi, presidente da Associação de Retalhistas de Moda de Itália, citado pelo jornal Il Sore 24 Ore.
Alguns bairros de Londres parecem estar na Primavera, com as árvores pontilhadas de botões cor-de-rosa. Prevê-se que a temperatura chegue aos 13 graus Celsius neste fim-de-semana.
Estações de esqui estão a meio gás um pouco por toda a Europa. A Taça do Mundo de Esqui, nos Alpes, está a enfrentar dificuldades, com cancelamentos de provas em Chamonix, França, e redução dos treinos na Suíça e na Áustria. Na Andaluzia, o termómetro chegou próximo dos 20 graus Celsius e o clima está praticamente para banhos.
A situação repete-se em alguns pontos do outro lado do Atlântico. No Canadá, normalmente branco nesta altura do ano, o Natal foi sem neve em muitos locais. Trabalhadores de estações de esqui estão a ser dispensadas às centenas. A estação de Blue Mountain, a maior a norte de Toronto, já encerrou duas vezes nesta temporada. Cerca de mil funcionários sazonais foram mandados para casa.
Também em partes dos Estados Unidos as temperaturas estão amenas. "Quando estamos a 6 de Janeiro e as pessoas estão a andar de bicicleta, com camisolas, alguma coisa está errada", avalia Phil Liszkowski, um instrutor de esqui ouvido pela agência Reuters.

A culpa
pode ser do El Niño
Segundo o Centro Nacional de Dados Climáticos norte-americano, 2006 foi o ano mais quente nos Estados Unidos desde 1895 - data a partir da qual há medições fiáveis da temperatura média do país. Mas, apesar da tendência de aquecimento, algumas zonas do país estão a passar frio. Na Califórnia, foi lançado um alerta para temperaturas baixas nos próximos dias. Outros países, como alguns do Médio Oriente, estão a passar por períodos de frio fora do comum.
Alguns climatologistas acreditam que o El Niño, um fenómeno periódico que aquece as águas do Pacífico, pode estar a empurrar a temperatura para cima em partes do hemisfério Norte. A agência britânica de meteorologia (Met Office) estima que há 60 por cento de hipóteses de 2007 ser o ano mais quente desde que há dados fiáveis.”

E na próxima década, como será? Teremos ainda estações como até aqui estávamos habituados? O aquecimento global continuará a acentuar-se a este ritmo ou a um ritmo ainda mais rápido? Até quando se manterão os padrões da circulação oceânica e atmosférica que estão tão interligados? Poderemos entrar num período de súbito arrefecimento global devido a perturbações fortes causadas no sistema pelo excessivo aquecimento? Se assim fosse poderíamos, por exemplo, entrar numa era glaciar daqui a uma década ou duas. O maior problema está relacionado com as mudanças abruptas no sistema atmosfera-oceano, porque é perante estas mudanças repentinas que a nossa sociedade industrial e tecnológica tem mais dificuldade em se adaptar. Como estamos a consumir recursos a uma velocidade muito rápida e, portanto, a exigir muito da Terra, uma mudança abrupta no ambiente climático que nos rodeia pode causar alterações muito significativas no nosso modo de vida.
O fenómeno das mudanças climáticas abruptas não é novo na longa história da Terra. Segundo os registos geológicos este fenómeno ocorreu muitas vezes causando largas extinções de seres vivos nos ecossistemas. Todavia, estes fenómenos antigos foram sempre consequência da evolução ou do desencadear de processos naturais. Ora, a tendência actual para o aquecimento é induzida pela actividade humana que começou a alterar o clima desde o começo da agricultura, há cerca de 8.000 a 10.000 anos atrás. Se assim não fosse hoje estaríamos provavelmente em plena era glaciar. Mas todos os sistemas naturais têm o seu limite. E nós, como sociedade tecnológica, actuamos como se esse limite não existisse. Estamos a bater num monstro adormecido e quando ele acordar poderá ser tarde demais. Os dinossáurios não resistiram no final do Cretácico, há 65 milhões de anos atrás, tal como nos contam hoje os seus fósseis espalhados por muitos locais do planeta Terra. E nós?

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

2007 o ano mais quente?

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A temperatura sempre a subir!


Notícia de hoje no Jornal "Público"

"Investigadores do instituto britânico Met Office corroboraram hoje a previsão feita esta semana pela Universidade de East Anglia de que o ano de 2007 poderá ser o mais quente desde que há registos.

A temperatura média global do planeta deverá ser, este ano, 0,54 graus mais alta do que a média do período entre 1961 e 1990, prevê o Met Office.

"Há 60 por cento de probabilidades de que 2007 seja tão ou mais quente do que o ano mais quente de sempre [desde que há registos], ou seja, 1998", afirma o Met Office em comunicado. As temperaturas em 1998 foram 0,52 graus mais elevadas em relação ao período em análise.

A provável subida da temperatura é, em parte, provocada pelo fenónemo climatérico El Niño, gerado pelo aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico. Os especialistas do Met Office estimam que o El Niño vai ter uma grande influência nas temperaturas globais durante todo o ano.

"Esta nova informação é mais um alerta de que as alterações climáticas já estão a acontecer no planeta", comentou Katie Hopkins, do Met Office.

Na passada segunda-feira, Phil Jones, director da Unidade de Investigação do Clima da Universidade de East Anglia, afirmou que o efeito de estufa e o El Niño poderão fazer de 2007 o ano mais quente desde que há registo.

Serviço de saúde britânico mais activo no combate às alterações climáticas

Perante estas previsões, e com o relatório Stern ainda presente – considera vital o combate imediato às alterações climáticas –, o Governo britânico anunciou hoje a criação de um fundo de cem milhões de libras (148 milhões de euros) para ajudar o Serviço Nacional de Saúde a enfrentar a crise do sobre-aquecimento. A ideia é ajudar os hospitais e centros de saúde a reduzir as suas emissões de dióxido de carbono, aumentar a eficiência energética e a reduzir o consumo de energia. O dinheiro será ainda usado para dotar os edifícios de sistemas de energias renováveis.

O cenário para 2007 fica completo com o degelo no Árctico – de onde se desprendeu uma massa de gelo com 66 quilómetros quadrados – e com a falta de neve nas estâncias de esqui, que ameaça os desportos de Inverno.

O Instituto de Meteorologia holandês referiu hoje que 2006 foi o mais quente dos últimos 300 anos no país, com temperaturas médias de 11,2 graus. Se essa tendência se mantiver, a maratona ao longo dos canais gelados da Holanda, a Eleven Towns Tour, realizada em Janeiro, poderá acabar. O evento realiza-se quando o gelo atinge uma camada de, pelo menos, 15 centímetros de espessura ao longo de todo o percurso, algo que só aconteceu 15 vezes nos últimos cem anos. A última vez foi em 1997."


Ver a notícia original em: http://www.metoffice.gov.uk/corporate/pressoffice/2007/pr20070104.html