quarta-feira, 25 de junho de 2008

Mais notícias sobre a crise energética

Segundo o Diário Económico:

"Deutsche Bank avisa que petróleo a 200 dólares irá destruir o sistema económico global
O maior banco alemão alertou hoje para o facto da Economia mundial ficar em risco de colapso, caso o preço do petróleo atinja os 200 dólares por barril nos mercados internacionais.

Pedro Duarte

Segundo afirmou em entrevista à Bloomber o principal analista do Deutsche Bank para a Energia, Adam Sieminski, "petróleo a 200 dólares irá quebrar a espinha da economia global (...) a seguir aos 200 dólares, o próximo passo seria uma recessão à escala mundial e más notícias para toda a gente".

Estes comentários de Sieminski surgem depois do Goldman Sachs ter previsto que os preços do petróleo poderão subir para valores entre os 150 e 200 dólares por barril no espaço de dois anos, uma vez que o crescimento dos fornecimentos, em particular dos produtores exteriores à Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), não está a conseguir acompanhar a procura.A Rússia, que é a maior exportadora de petróleo do mundo a seguir à Arábia Saudita, enfrenta este ano a primeira quebra da sua produção nos últimos dez anos, uma vez que em Maio a sua produção recuou 0,9% para os 9,76 milhões de barris por dia.

"O crescimento [da produção petrolífera russa] recuou em termos homólogos, e isto está relacionado com as políticas implementadas no ano passado para aumentar os impostos sobre a indústria petrolífera (...) isto dificultou a entrada de capital estrangeiro", notou Sieminski."


O recuo na produção petrolífera na Rússia poderá ser devido ao efeito do "peak oil". Este efeito é negligenciado por muito analistas dos mercados mundiais. Existem opiniões que negam a existência deste fenómeno nos tempos mais próximos. O que é certo é que os preços da nossa fonte de energia principal continua a subir e a esmagar os nossos orçamentos. Vamos continuar a apostar na construção de grandes infraestruturas sustentadas pelo consumo elevado de hidrocarbonetos? Fará sentido ter tantas auto-estradas e grandes aeroportos daqui a 10 ou 20 anos?

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