terça-feira, 31 de outubro de 2006

Alterações Climáticas

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Isto das alterações climáticas não é só o problema do degelo dos glaciares polares e de montanha. Não. É um fenómeno à escala global e portanto Portugal também está a ser afectado por estas alterações do clima.
Veja-se esta notícia publicada hoje no jornal Público:

“Portugal com Outubro quente e chuvoso
O especialista em alterações climáticas Filipe Duarte Santos culpa o dióxido de carbono pelos últimos dias de calor e de chuva intensa registados em Portugal, alertando para a maior frequência destes fenómenos no futuro.
Nos últimos 30 anos a temperatura aumentou em Portugal entre 1,2 a 1,5 graus centígrados. Em termos de precipitação, as alterações climáticas estão a provocar uma maior frequência de fenómenos extremos, como a seca e fortes chuvas em curtos lapsos de tempo, que podem provocar inundações como as registadas em Tomar ou Leiria na semana passada.
As temperaturas registadas no Porto e em Lisboa desde o fim-de-semana têm sido muito superiores aos valores médios. Na noite de domingo para segunda-feira o Porto registou 19,1 graus de mínima, 9,5 graus acima da média para a época; e Lisboa marcou 19,8 graus, 6,5 acima do normal. A máxima do mês no Porto foi de 29,8 graus (no sábado), 9,4 graus superior à média; no mesmo dia, Lisboa registou 26,5 graus, 5,6 acima da média. Lusa”

Há muita coisa que poderíamos pôr em prática desde já. Por exemplo, banir o excesso de veículos automóveis dos nossos centros urbanos, diminuindo a quantidade de emissões de gases causadores de um efeito de estufa indesejável. Mais, muito mais transportes públicos de superfície não poluentes. Menos, muito menos ruas e avenidas carregadas de automóveis!
Hoje foi mais uma manhã de caos nas ruas de Lisboa devido à greve matinal do metro. Milhares de automóveis ficaram engarrafados em muitas avenidas, ruas e praças da nossa cidade a queimar o petróleo extraído de países longínquos de África ou da Ásia. Gasta-se tempo, perde-se dinheiro, ganham-se nervos, fica-se mal disposto! Qual é o verdadeiro custo de uma greve que resulta de um problema laboral grave existente numa empresa de transporte como o metro de Lisboa? Se fizéssemos o balanço entrando em linha de conta com a componente ambiental de certeza que o resultado seria muito negativo, sobretudo para o planeta que habitamos.

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