terça-feira, 31 de março de 2009
Estamos a ficar bem apertados
A crise social está aí:
"Jornadas parlamentares do PS em Guimarães
Teixeira dos Santos preocupado com “risco de problemas sociais sérios”
31.03.2009 - 12h45
Por Leonete Botelho
Miguel Manso (arquivo)
A subida do desemprego poderá gerar mais problemas sociais, avisa Teixeira dos Santos
O ministro de Estado e das Finanças está preocupado com o “risco de problemas sociais sérios” que o agravamento do desemprego, efeito da crise económica, acarreta para o país. “O problema mais sério que temos pela frente é o risco de tensões sociais que podem ser geradas pela crise”, afirmou Teixeira dos Santos esta amanhã, na reabertura das jornadas parlamentares do PS que estão a decorrer em Guimarães.
Dias depois de o secretário-geral de Segurança Interna, Mário Mendes, ter reconhecido, em entrevista ao PÚBLICO/RR/RTP2, que os maiores receios das autoridades se prendem com a eventualidade de ocorrerem em Portugal situações semelhantes às da França e Grécia no último ano, agora é Teixeira dos Santos a referir-se, ainda que de forma cautelosa, ao risco de explosão social.
“Não deixa de ser preocupante que esta quebra da actividade económica, com as implicações que terá no desemprego, possa gerar situações de natureza social muito delicadas. Precisamos de soluções que exigem uma atenção muito particular, porque associado ao agravamento do desemprego Portugal poderá assistir ao agravamento de problemas sociais sérios”, advertiu o ministro de Estado e das Finanças.
“É bem mais sério enfrentar os desafios que o desemprego coloca do que encarar o problema do défice externo”, havia de dizer mais tarde, enquanto explicava aos deputados que o Governo tem “uma estratégia de combate aos efeitos da crise”, refutando as acusações de desenvolver apenas medidas avulsas. “Guiamo-nos pelas estrelas, mas sabemos exactamente para onde vamos, para onde queremos ir”, garantiu o ministro das Finanças, antes de expor as três linhas da estratégia do Governo: estabilizar e regular o sistema financeiro, fazer investimento público para apoiar a economia e as empresas e investir em medidas sociais.
Teixeira dos Santos usou de todos os argumentos para defender o investimento público e responder às críticas da oposição e até reparos do Presidente da República quanto ao endividamento daí decorrente. “Isto não é ideologia, é dos livros, é pura economia”, afirmou, garantindo que não estão em causa opções por modelos do Estado, mas opções “meramente conjunturais”. “Passada a crise, retomaremos o percurso de consolidação orçamental”, prometeu.
"Há também, como demonstrou segunda-feira a OCDE e o FMI, um ambiente de recessão mundial. O mundo à nossa volta está a encolher - e isso reflecte-se na procura daquilo que Portugal produz. Numa economia pequena e aberta como é o caso da portuguesa, o impacto negativo nas exportações é significativo", salientou."
A nossa sociedade está baseada no consumo. Mais consumo é igual a mais crescimento, mais crescimento deverá ser igual a mais e melhor emprego (será?). O problema é que mais consumo (diga-se, este tipo de consumo) implica mais exploração de recursos não renováveis. Estes, por sua vez, ao tornarem-se mais escassos fazem subir os preços. Grande subida de preços em mercadorias fundamentais (como a energia de origem fóssil) faz desequilibrar as contas dos estados, das empresas e também as domésticas. E nessa altura temos uma nova crise em perspectiva. Como sair disto?
Tem que haver uma revolução de hábitos por parte dos países mais gastadores de recursos. Cada um de nós que vive como um rico (na perspectiva do planeta Terra) deveria abdicar de parte do seu conforto diário e passar a usar mais materiais reciclados. Não será esta grave crise um sinal da agonia desta sociedade consumista sem fim e, simultaneamente,o prenúncio de novos tempos socialmente muito conturbados?
sexta-feira, 27 de março de 2009
segunda-feira, 23 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
O tempo, essa grandeza imparável...
Um Tempo Que Passou
Sérgio Godinho
Letra de Chico Buarque
Vou
uma vez mais
correr atrás
de todo o meu tempo perdido
quem sabe, está guardado
num relógio escondido por quem
nem avalia o tempo que tem
Ou
alguém o achou
examinou
julgou um tempo sem sentido
quem sabe, foi usado
e está arrependido o ladrão
que andou vivendo com seu quinhão
Ou dorme num arquivo
um pedaço de vida
a vida, a vida que eu não gozei
eu não respirei
eu não existia
Mas eu estava vivo
vivo, vivo
o tempo escorreu
o tempo era meu
e apenas queria
haver de volta
cada minuto que passou sem mim
Sim
encontro enfim
iguais a mim
outras pessoas aturdidas
as horas dessas vidas que estão
talvez postas em grande leilão
São
mais de um milhão
uma legião
um carrilhão de horas vivas
quem sabe, dobram juntas
as dores colectivas, quiçá
no canto mais pungente que há
ou dançam numa torre
as nossas sobrevidas
vidas, vidas
a se encantar
a se combinar
em vidas futuras
Enquanto o vinho corre, corre, corre
morrem de rir
mas morrem de rir
naquelas alturas
pois sabem que não volta jamais
um tempo que passou
Mais memórias...
A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
até que te vi num castelo de areia
cantavas "sou gaivota e fui sereia"
ri-me de ti "então porque não voas?"
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste
A noite passada fui passear no mar
a viola irmã cuidou de me arrastar
chegado ao mar alto abriu-se em dois o mundo
olhei para baixo dormias lá no fundo
faltou-me o pé senti que me afundava
por entre as algas teu cabelo boiava
a lua cheia escureceu nas águas
e então falámos
e então dissemos
aqui vivemos muitos anos
A noite passada um paredão ruiu
pela fresta aberta o meu peito fugiu
estavas do outro lado a tricotar janelas
vias-me em segredo ao debruçar-te nelas
cheguei-me a ti disse baixinho "olá",
toquei-te no ombro e a marca ficou lá
o sol inteiro caiu entre os montes
e então olhaste
depois sorriste
disseste "ainda bem que voltaste"
terça-feira, 17 de março de 2009
domingo, 15 de março de 2009
Melody (1971)
Abrindo o baú das recordações:
Morning of My Life (In the Morning)
Bee Gees
Composição: Barry Gibb
In the morning when the moon is at its rest,
You will see me at the time I love the best
Watching rainbows play on sunlight;
Pools of water iced from cold night,
In the morning.
‘tis the morning of my life.
In the daytime I will meet you as before.
You will find me waiting by the ocean floor,
Building castles in the shifting sands
In a world that no one understands,
In the morning.
tis the morning of my life,
‘tis the morning of my life,
In the morning of my life the
Minutes take so long to drift away
Please be patient with your life
It's only morning and you're still to live your day
In the evening I will fly you to the moon
To the top right hand corner of
The ceiling in my room
Where will stay until the sun shines
Another day to swing on clothes lines
May I be yawning
It is the morning of my life
It is the morning of my life
Morning of My Life (In the Morning)
Bee Gees
Composição: Barry Gibb
In the morning when the moon is at its rest,
You will see me at the time I love the best
Watching rainbows play on sunlight;
Pools of water iced from cold night,
In the morning.
‘tis the morning of my life.
In the daytime I will meet you as before.
You will find me waiting by the ocean floor,
Building castles in the shifting sands
In a world that no one understands,
In the morning.
tis the morning of my life,
‘tis the morning of my life,
In the morning of my life the
Minutes take so long to drift away
Please be patient with your life
It's only morning and you're still to live your day
In the evening I will fly you to the moon
To the top right hand corner of
The ceiling in my room
Where will stay until the sun shines
Another day to swing on clothes lines
May I be yawning
It is the morning of my life
It is the morning of my life
terça-feira, 10 de março de 2009
Primavera
First of May, Bee Gees
When I was small, and christmas trees were tall,
We used to love while others used to play.
Dont ask me why, but time has passed us by,
Some one else moved in from far away.
Now we are tall, and christmas trees are small,
And you dont ask the time of day.
But you and i, our love will never die,
But guess well cry come first of may.
The apple tree that grew for you and me,
I watched the apples falling one by one.
And I recall the moment of them all,
The day I kissed your cheek and you were mine.
When I was small, and christmas trees were tall,
Do do do do do do do do do...
Dont ask me why, but time has passed us by,
Some one else moved in from far away.
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