segunda-feira, 28 de abril de 2008

PRIMAVERA!

Contra todas as depressões e outras coisas negativas, ela chegou!
A força da natureza é única!

Preço do petróleo testa os 120 dólares

Excelente artigo publicado no Diário Económico. Faz uma boa análise económica e financeira das consequências do aumento do preço do petróleo:

"Análise BPI 2008-04-28 15:30

Preço do petróleo testa os 120 dólares

Na última semana, o preço do petróleo atingiu um novo máximo, ultrapassando os 119 dólares por barril. Este movimento foi provocado por notícias quanto a possíveis reduções na produção na Nigéria e na Rússia. Ainda que os fundamentos macroeconómicos apontem para o alívio das pressões altistas sobre este preço, o preço dos futuros indicam que este continuará acima dos 110 dólares a médio prazo.

Teresa Gil Pinheiro, do Departamento de Estudos Económicos e Financeiros do BPI

O mercado de futuros sugere que o preço do petróleo fixar-se-á consideravelmente acima dos 100 dólares por barril a médio prazo. De acordo com este mercado, no final deste ano, o crude cotará em tornos dos 113 dólares por barril, dos 108 em 2009 e dos 107 em 2010. Quais os motivos que pressionam em alta as perspectivas sobre a evolução deste preço, num altura em que se antecipa um período mais longo do que o esperado de crescimento económico mundial mais fraco?

O principal aspecto por detrás deste comportamento prende-se com a manutenção de um balanço estreito entre oferta e procura. De acordo com o FMI, em 2008 a procura aumentará 1.8 milhões de barris diários, enquanto que a produção dos países da OPEP deverá estabilizar e a dos países não pertencentes ao cartel aumentará entre 0.8-1 milhões de barris, compensando apenas parcialmente o aumento da procura. A verificação deste cenário, reforçará as preocupações quanto a eventuais notícias que apontem para possíveis cortes na produção petrolífera provocando movimentos altistas sobre a cotação do crude.

As preocupações quanto à evolução da oferta poderão manter-se um factor importante na formação deste preço, tendo em conta o desfasamento entre o período em que são efectuados investimentos no sector e o período em que esses investimentos começam a ser produtivos. O FMI estima que este desfasamento poderá atingir os três anos, e que se alargou nos últimos anos.

Para além disso, também o aumento dos custos de investimento poderão ser um factor a favorecer a estabilização do preço do petróleo em níveis elevados. Segundo aquele organismo, no período entre 2004 e 2007, o investimento no sector petrolífero aumentou, em termos nominais, cerca de 70%. No entanto, em termos reais o comportamento foi diverso. Os motivos por detrás deste facto prendem-se com a escassez de equipamentos e de mão-de-obra qualificada.

Finalmente, o facto de muitos dos países produtores viverem condições políticas conturbadas, tenderá a limitar a apetência das grandes empresas petrolíferas em incrementarem os seus investimentos nessas regiões, funcionado como mais um constrangimento ao aumento da oferta.

Para além destes factores, que, tudo indica, manter-se-ão activos no médio prazo, existem outros que estiveram e, que nos meses mais próximos continuarão a estar, por detrás da formação deste preço. Destes destaca-se a forte depreciação da moeda norte-americana. A desvalorização do dólar torna esta matéria-prima mais barata quando transaccionado noutras moedas, implicando um aumento da procura, enquanto que do lado da oferta se assiste ao aumento do preço de modo a limitar a redução dos lucros, dado que as receitas dos países produtores são denominadas em dólares. De acordo com o FMI, a desvalorização do dólar em 1% está associada a aumentos do preço do petróleo superiores a 1% nos doze meses seguintes, (passados quatro meses o preço do petróleo sobe 0.98%, passados 12 meses aumenta 1.13%, 24 meses depois aumenta 1.27% e 60 meses depois aumenta 1.43%).

Ainda assim, o FMI estima que, em termos médios, o preço do petróleo se situe nos 95 dólares por barril em 2008 e 2009, o que implicaria que, em termos médios, nos próximos 8 meses, caísse para cerca de 92 dólares por barril. Cenário este que nos parece plausível apenas no caso de as economia emergentes virem a sofrer as consequências do arrefecimento dos EUA. Neste caso, as previsões do FMI para a procura de petróleo poderão revelar-se optimistas, pois reflectem essencialmente aumentos por parte dos países asiáticos e do médio oriente, aumentando a oferta líquida global e reduzindo as pressões sobre o crude.

Finalmente, até que ponto a permanência deste preço nos níveis actuais poderá ter um impacto negativo sobre o crescimento económico? Nos últimos anos, a escalada do petróleo revelou ter menos impacto sobre o crescimento do que o registado em crises anteriores. Certamente, o forte aumento da procura por parte de países emergentes e o facto de algumas destas economias subsidiarem este produto, mantendo o preço final inferior ao custo real, permitiu que a procura se mantivesse robusta. Paralelamente, em países desenvolvidos, como é o caso dos pertencentes à UEM, o facto do movimento de subida de preço do crude ter sido acompanhado pela apreciação do euro, terá também limitado os efeitos associados ao aumento deste preço. Com efeito, quando cotado em euros, o petróleo aumentou 47% em 2007 e 11% nos primeiros quatro meses de 2008, enquanto que em dólares os aumentos foram de 65% e 19%, respectivamente. Mas o facto de em termos reais, o custo do crude não ter ultrapassado os níveis máximos atingidos em crises petrolíferas anteriores, tem sido apontado como um motivo importante por detrás da minimização da recente escalada deste preço no crescimento. Todavia, actualmente esta situação alterou-se, verificando-se que nos primeiros meses de 2008, o preço médio do crude ultrapassou os máximos observados anteriores, abrindo novamente a questão quanto a um possível impacto negativo deste preço no crescimento da economia mundial. Até agora, em termos médios, a cotação do Brent é de 99,4 dólares por barril, superior ao máximo anterior de 95 dólares atingido em 1980 (petróleo avaliado a preços constantes de 2007)."

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Economia do pós-carbono

A reacção das economias dos países mais desenvolvidos face à excessiva dependência do petróleo está a dar os primeiros passos: Amanhã abre no Reino Unido a primeira estação de serviço preparada para abastecer carros a hidrogénio:

Hydrogen fuel stations for cars land in Britain

Britain’s first hydrogen fuel station will open tomorrow in the first stage of a technology revolution offering drivers the prospect of pollution-free motoring.

Another three hydrogen stations are planned for London and there will be at least twelve stations countrywide by 2010, paving the way for the commercial production of cars powered by fuel cells.

For more than a decade, the car industry has seen the fuel cell as the holy grail that will help to relieve it of its dependence on oil.

A fuel cell combines hydrogen from a tank with oxygen from the air to produce electricity, which powers an electric motor. The only byproduct is water and the whole process can be totally without carbon dioxide emissions.

Manufacturers have displayed dozens of fuel-cell concept cars but have been reluctant to put them into mass production without an infrastructure to support them.

The first station will open at Birmingham University, which is conducting trials with a fleet of five fuel-cell vehicles.

Professor Kevin Kendall, head of the research team, said: “It is absolutely necessary that we have the means to refuel our fleet of hydrogen-powered cars so that we can carry out our research project into the feasibility of hydrogen in a transport context.”

Air Products, the company that installed the fuel station, is also working with Transport for London (TfL) to build fuel stations for a fleet of 70 hydrogen-powered vehicles being introduced from next year. Ian Williamson, of Air Products, said: “The Japanese are by far the most advanced in developing hydrogen-powered cars. The US car companies are trying to catch up.” Honda will offer the FCX Clarity from this summer, the first fuel-cell car to be produced commercially, to drivers in California. Mer-cedes plans to start mass-producing fuel-cell cars in 2014 and BMW has a test fleet of hydrogen combustion cars.

TfL’s vehicles will be a mixture of buses, vans, cars and motorcycles that will be used by TfL staff, the police and the fire brigade.

The five-year trial of both fuel cells and hydrogen combustion engines will cost around £22 million.

London’s first hydrogen station will open next year at a bus garage in East London.

Edmund King, the president of the AA, said: “Images of the burning Hindenburg airship could undermine confidence in carrying hydrogen tanks.”

Mr Williamson said: “Hydrogen needs to be treated with respect. It is significantly more volatile [than conventional fuel]. But the safety criteria we apply mean you end up with a very safe system.”

Más notícias vindas da Rússia

A crise energética alastra à escala global. As notícias são alarmantes: A Rússia, que é o segundo maior exportador mundial de petróleo, tem vindo a registar decréscimo no volume total de produção nos últimos meses. É provável que o maior país do mundo tenha atingido o pico de produção petrolífera:

Russian Output Slumps As Oil Price Hits a Record
By GUY CHAZAN and NEIL KING JR.
April 15, 2008

Russian oil production, for years a vital font of new crude for world energy markets, has begun to stagnate and even slump, adding to market uncertainties that have helped push oil prices to records even as the global economy founders.

Russian supply in the first three months of this year fell for the first time this decade, averaging 10 million barrels a day, a 1% drop from the year-earlier period, according to the International Energy Agency, the industrialized world's energy watchdog. That is dismal news for a country that saw double-digit-percentage output growth earlier this decade.

The slowdown in Russia, the world's second-biggest oil exporter after Saudi Arabia, has intensified already widespread concerns about long-term oil supply amid diminishing output from once-huge fields like Alaska's Prudhoe Bay and Mexico's Cantarell field in the Gulf of Mexico. Fading optimism that strong Russian output this year would offset ebbing flows from once-reliable sources like the North Sea has increased jitters in an already tense oil market.

Oil companies are dealing with the depletion of reserves in western Siberia by diversifying. Lukoil, for example, is focusing on new provinces like the North Caspian Sea, and expanding abroad in places like Turkmenistan.

But even new developments are failing to offset the decline. Sakhalin 1, a huge project off Russia's east coast led by Exxon Mobil Corp., accounted for much of Russia's production growth in 2007. But output there will drop by more than 25% this year, according to OAO Rosneft, the state-run oil giant that is a partner in the project. In a statement, Exxon said it "has met and continues to meet or exceed the project production targets approved by the Russian authorities."

terça-feira, 15 de abril de 2008

Peak oil atingido na Rússia?

Segundo uma notícia publicada no sítio do jornal Público:

Fraqueza do dólar ajuda a escalada da matéria-prima
Preço do petróleo atinge novo recorde de 112,48 dólares


15.04.2008 - 11h56
Por Reuters, PUBLICO.PT
Beawiharta/Reuters (arquivo)

A fraqueza do dólar e as limitações na produção da Rússia fazem novos máximos do petróleo
A escalada do preço do petróleo não pára, ora devido à fraqueza do dólar contra o euro, ora por causa da especulação, ora em função de anúncios de limites de produção atingidos em alguns dos países exportadores de petróleo.

Desta vez, é a fraqueza do dólar que fez disparar esta manhã cada barril de petróleo “light” vendido nos EUA para 112,48 dólares (71 euros). Na Europa, o petróleo de “Brent”, consumido em Portugal, não ficou atrás e alcançou o seu valor mais elevado de sempre, nos 110,45 dólares (69,73 euros).

Um analista da Standard Life, Richard Batty, não tem dúvidas de que desta vez “é a fraqueza do dólar dos últimos meses e do trimestre” que está a empurrar o preço do crude para novos máximos. “A volatilidade nos mercados de activos, principalmente acções, está a deslocar os investidores para as matérias-primas”, sublinha ainda Batty, citado pela Reuters.

A edição de hoje do “Financial Times” juntava mais um elemento ao movimento de pressão dos preços do petróleo, ao noticiar que a produção na Rússia atingiu o seu nível máximo no passado e que a partir daqui pode até começar a baixar. A afirmação é do vice-presidente da Lukoil, Leonid Fedun, o maior produtor independente do país.

O segundo maior produtor de petróleo mundial, a Rússia, produziu no ano passado à volta de 10 milhões de barris por dia e na opinião de Fedun esse é o nível mais elevado que “ele iria ver em toda a sua vida”.

Parece que para além da componente especulativa do mercado o efeito terrível do pico de produção desta matéria prima energética começa a sentir-se. Temos que nos adaptar bem depressa a esta nova realidade para bem da nossa sobrevivência. M. King Hubbert tinha razão...
"M. King Hubbert is best known in the greater earth-science community for having predicted oil shortage some twenty years before it actually occurred. He is well known in hydrogeology for his contributions to the hydrodynamics of groundwater and the application of hydrodynamics to the exploration for petroleum. He derived Darcy's law from the Navier-Stokes equation and introduced the concept of force potential in his derivation. Equally importantly, he explained the role of fluid pressures in the mechanics of overthrust faulting."




segunda-feira, 14 de abril de 2008

Consequências do Alqueva

Segundo uma notícia do jornal Público:

"Alqueva acelera assoreamento do Guadiana e afecta Huelva

14.04.2008, Carlos Dias

Artificialização do rio está a afectar os ecossistemas que lhe estão associados e potencia o aparecimento de espécies exóticas

A Câmara de Mértola lançou um alerta às autoridades competentes para que intervenham rapidamente no sentido de travar o progressivo assoreamento do Guadiana junto à vila, devido às dificuldades que coloca à navegação no rio. Jorge Pulido Valente, presidente da autarquia, diz que já avisou o Instituto Portuário de Transportes Marítimos (IPTM) e que o assoreamento artificial do rio está já a colocar em risco pessoas e bens.
"A acumulação de inertes está a tornar perigosa a navegação", assegura o autarca, revelando que, próximo de Mértola, a acumulação de sedimentos provocada pela construção da barrragem de Alqueva "já contribuiu para a formação de uma ilha" que está a pejudicar a circulação das embarcações. Pulido Valente entende que não se trata de um processo normal, frisando que ele decorre das "alterações verificadas no caudal do rio" desde que as comportas da barragem encerraram em 2002.
Desde então deixaram de se verificar as correntes torrenciais que limpavam o curso do rio dos sedimentos acumulados. Nestas condições, só a intervenção humana "pode repor as condições de navegabilidade do rio" salienta o autarca.
Um outro alerta para o mesmo problema vem da Universidade de Huelva, onde um grupo de investigadores vai iniciar um estudo destinado a avaliar a dimensão dos impactes já provocados no estuário do Guadiana e nas praias da cidade pela construção da barragem e pela consequente regularização dos caudais do rio. O trabalho da equipa que vai ser dirigida pelo prof. Juan António Morales González parte de um dado adquirido: não vai ser possível avaliar com exactidão os resultados que forem obtidos, nomeadamente quanto à dimensão dos prejuízos já causados no estuário e na zona costeira próxima, porque "não existem dados precisos sobre a situação anterior à construção da barragem".
Mesmo assim, é possível constatar os danos "irreparáveis" que ela já causou nos ecossistemas do Guadiana, afirma Morales, admitindo que "ainda se vá a tempo de atenuar os seus efeitos". De acordo com este investigador, citado num comunicado da Universidade de Huelva, a corrente do rio arrastava areia do fundo do seu leito e depositava-a no estuário. Quando a maré vazava, levava consigo uma considerável quantidade de areia que as ondas se encarregam de depositar nas praias da costa vizinha, regenerando-as.
A partir de 2002, com o fecho das comportas de Alqueva, o processo natural foi artificialmente alterado e passou a conflituar com o curso principal do rio, retendo muitos dos sedimentos que eram transportados pelo caudal. Já "não chega à costa a areia suficiente para a sua regeneração", observa António Morales, adiantando que esta situação está a provocar uma grande erosão nas praias.
No âmbito deste trabalho vão ser investigadas todas as fases do processo para determinar qual é a capacidade de transporte de sedimentos do Guadiana, qual a qualidade dos sedimentos que chegam ao estuário e que quantidade é transportada pela maré até às praias.
Há ainda o receio de que as alterações no curso do Guadiana venham a contribuir para que os ecossistemas de água doce sejam invadidos por água salgada. Com efeito, a retenção das afluências do rio na enorme barreira de betão, permitiu regularizar cerca de 80 por cento do seu caudal. Esta alteração está a influenciar directamente "a criação de espécies que vivem no estuário, como os bivalves, a sardinha e a anchova" e a dar lugar a outras espécies que têm o seu habitat a maior profundidade, como o linguado, explicou ao PÚBLICO, Luís Chícharo, professor da Faculdade de Ciências do Mar e Ambiente da Universidade do Algarve.
As descargas da albufeira, que passaram a ter um carácter regular, "têm tido um grande impacto na pesca na zona costeira" prossegue o investigador, relaçando a importância, cada vez maior, da gestão da barragem de Alqueva em função dos ecossistemas do Guadiana.
Este investigador adverte ainda para as consequências das escorrências carregadas de nutrientes altamente contaminados por compostos químicos (adubos e pesticidas, entre outros), que podem vir a produzir grandes quantidades de algas tóxicas que irão parar ao estuário quando os sistemas de rega de Alqueva estiverem a trabalhar em pleno. Também o sapal de Castro Marim está a ser afectado pela retenção de sedimentos finos na barragem, tornando "mais difícil a fixação das plantas dada a maior granulometria dos sedimentos" que dificulta a fixação das aves, conclui Luís Chícharo.
Presidente da Câmara de Mértola alerta para os perigos que o assoreamento está a criar no Guadiana."

A acumulação de sedimentos na zona de Mértola reflecte a dificuldade que o actual caudal do rio tem em transportar estes sedimentos mais para jusante. Havendo acumulação ao longo do rio é natural que a desembocadura e o litoral estejam a ficar com falta de sedimentos.

domingo, 13 de abril de 2008

Mês de águas mil

A tradição de Abril molhado está este ano bem forte. A previsão para a semana que entra vai trazer muita chuva, sobretudo para 6ª, sábado e domingo. O Anticiclone dos Açores "foge" para as ilhas britânicas e nós ficamos sob a influência de uma baixa pressão. Eis a carta sinóptica de previsão para o próximo sábado:

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quinta-feira, 10 de abril de 2008

Cristal perfeito

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Pode parecer uma forma banal. Mas não é. Não é, porque se trata de um grão de areia fina, de um mineral pouco resistente à meteorização (olivina) e pertencente a sedimentos do fundo mar (lá para os lados do Canhão Submarino do Porto). Qual será a sua origem?

Instabilidade

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O grosso da instabilidade já passou. Grande parte da Europa tem estado mergulhada neste regime invernal em época que deveria ser mais primaveril.
Portugal esteve sob a acção de uma corrente geral de SW que gerou ventos fortes e céu permanentemente encoberto. Seguem-se dias mais calmos, mas a previsão a longo prazo não é famosa... Abril águas mil.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Semana de mau tempo

Não é muito habitual em Abril a passagem de sistemas depressionários muito activos sobre a Península Ibérica. Desta vez formou-se a SW da Península um conjunto depressionário que começou a exercer a sua acção sobre Portugal no dia de hoje. Já caíram as primeiras chuvas mas o que se nota mais é a força do vento. Segundo a carta sinóptica disponível em http://www.opc.ncep.noaa.gov os dias mais fustigados parecem vir a ser 9 e 10 de Abril, justamente quando as zonas de maior instabilidade atravessarem o território continental português. Deixo aqui a reprodução da carta de superfície segundo a previsão dos norte-americanos da agência NOAA:

Para 9 de Abril às 00 UTC:

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Para 10 de Abril às 12 UTC:

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domingo, 6 de abril de 2008

Carga de chuva para os próximos dias

Depois de um domingo morno e húmido aí vem a chuva para não fugir à regra "Abril águas mil":

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Fonte:Instituto de Meteorologia

Vem mesmo de sudoeste aquecida pelas águas tropicais do Atlântico Norte. Vamos ver qual é o grau de intensidade destas formações...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Ideias para os Museus da Politécnica

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Vieram jornalistas, autarcas, professores, juristas, banqueiros e muitas mais pessoas ilustres.O longo processo de renovação do Parque Mayer, Jardim Botânico, Museu Nacional de História Natural e Museu de Ciência está em marcha.
Mas debaixo dos fatos engomados vinha o cheiro do perfume do sucesso financeiro. Oxalá a ganância não transforme o nosso património numa pura máquina de fazer dinheiro. Eles sabem o que valem estes terrenos, sabem quanto podem ganhar. Mas quem defende o património da história natural?

O tempo que muda

Os modelos meteorológicos de previsão a 10 dias estão cada vez mais afinados. Deste modo já é possível com razoável aproximação saber o tempo que faz na semana seguinte.
Esta semana tem sido muito quente com temperaturas máximas a aproximarem-se dos 30ºC em algumas estações meteorológicas. Isto deve-se à acção de um robusto anticiclone que tem migrado do Atlântico em direcção às ilhas britânicas que ao estender a sua crista transporta ar seco e quente vindo de leste.

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Extraído de: http://www.bbc.co.uk/weather/world/west_europe/pressure.shtml

No que resulta uma Península Ibérica sem nuvens, céu 100% limpo!

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Extraído de: http://www.meteo.pt/pt/observacao/remota/observacaoGeralSatelites.jsp

Ora como ainda não estamos no Verão esta situação atmosférica vai ser muito alterada na semana que vem.
Na próxima 4ª feira já estaremos sob a influência de uma baixa-pressão muito activa que vai trazer ventos fortes e chuva intensa.

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Extraído de: http://weather.unisys.com/gfsx/6d/gfsx_500p_6d_eur.html

Por isso não é descabido o aviso do Instituto de Meteorologia publicado na página web do Jornal Público:

"Amanhã a temperatura ainda sobre
Tempo vai mudar significativamente a partir de segunda-feira
03.04.2008 - 12h49
O estado do tempo vai mudar significativamente no início da próxima semana, com chuva, vento e descida acentuada das temperaturas, que se têm mantido acima da média nos últimos dias, anunciou hoje o Instituto de Meteorologia.
Desde o início desta semana que as temperaturas do ar se têm mantido acima da média, nomeadamente em Lisboa, onde a temperatura tem ultrapassado os 25 graus, quando a média para o mês de Abril é de 19,1 graus.
Para amanhã é aguardada uma nova subida das temperaturas, devendo Lisboa chegar aos 28 graus.
Mas as condições meteorológicas vão mudar significativamente a partir de segunda-feira, disse hoje à Lusa o meteorologista José Eduardo Duarte, adiantando que já no domingo o céu ficará mais nublado, havendo a possibilidade de chuva fraca em alguns locais.
Para segunda e terça-feira espera-se precipitação elevada de Norte a Sul de Portugal continental, de uma forma generalizada."

Esta variabilidade meteorológica é mesmo típica dos sistemas naturais. Os ecossistemas têm meios para se adaptarem as estas grandes mudanças de tempo. Por sua vez, a sociedade humana, desenvolvida e industrializada, tem mais dificuldade em evitar o caos quando a atmosfera tem comportamentos muito oscilantes. A má ocupação do solo é um dos aspectos mais problemáticos. O último dia 18 de Fevereiro foi prova disso. Esperemos que a semana que vem não traga "precipitação a mais".