Estes têm corrido bem e têm mostrado quão complexa é a dinâmica sedimentar costeira. É complexa mas é natural e, de certo modo, previsível, ao contrário do género humano que é muito trapaceiro - veja-se o exemplo dos nosso políticos num dia como o de hoje (de má memória para todos os portugueses e portuguesas). Enfim, é preciso resistir a todas a vagas de erosão que se propagam sem parar...
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
A encruzilhada em que estamos metidos!
Os dilemas provocados pela crise orçamental
A Europa entre a austeridade e a renegociação da dívida soberana
Por Nuno Teles (publicado no jornal Público)
Nas últimas duas semanas, por coincidência, dois assuntos dominaram as páginas de economia dos jornais: a aprovação do Orçamento do Estado e a crescente dificuldade de financiamento do Estado português nos mercados de capitais. Não existe um nexo de causalidade necessário entre os dois temas, mas a sua relação é inescapável. Depois da crise em torno da dívida pública dos países do Sul da Europa em Maio, o Governo português comprometeu-se com um programa de estabilidade e crescimento, com o apoio político do PSD, que aponta para um duro caminho de austeridade (só ultrapassado, nas suas previsões draconianas, pelo plano grego). Assim, mesmo sem conhecer ainda o Orçamento, já sabemos o que nos espera: o Governo prevê uma diminuição da despesa pública em 1,3% do PIB em 2011, seguida, em 2012, por uma nova redução em 1,4% - as quais, a par do aumento dos impostos, permitiriam almejar os objectivos de contenção do défice em 3% do PIB e diminuição da dívida pública. Os cortes são, e terão de ser, cegos: na despesa social, no investimento público, nos salários, etc.
As imposições externas, somadas ao estranho quase-consenso público nacional, tornam este programa económico uma inevitabilidade, que se reflectirá certamente na aprovação do próximo Orçamento. Porém, o mais recente relatório do RMF (Research on Money and Finance), coordenado por Costas Lapavitsas, aponta para a insustentabilidade desta trajectória e fornece algumas pistas para a sua superação.
O problema do crescente endividamento externo português (213% do PIB), juntamente com as trajectórias paralelas da Grécia e da Espanha, deveu-se à sistemática perda de competitividade destes países face às maiores economias europeias, no quadro de uma moeda única cuja política é determinada por estas últimas. No contexto de um Banco Central Europeu obcecado com o combate à inflação em detrimento do crescimento, de um pacto de estabilidade e crescimento que impede qualquer esforço público concertado de reconversão das economias e de ausência de mecanismos de redistribuição europeia promotores da coesão, os países com economias mais robustas, como a Alemanha - direccionadas para o mercado externo, com taxas de inflação mais baixas e uma força de trabalho disposta, por razões várias, à perda continuada de poder de compra -, ganharam competitividade em relação às economias periféricas. O resultado foi o crescente endividamento externo de economias como a portuguesa - endividamento esse que, ao contrário do que se possa pensar quando se lê a opinião publicada, tem vindo a ser assumido principalmente pelo sector privado (empresas e famílias, sobretudo as primeiras). 85% da dívida total (interna e externa) actual corresponde ao endividamento do sector privado.
No entanto, em face da recente crise financeira e da fragilidade e volatilidade dos mercados financeiros que lhe têm estado associadas, esta situação possui um reverso da medalha. Os bancos europeus encontram-se fortemente expostos à dívida dos países do Sul: 100 mil milhões de euros, no que se refere a Portugal, e 600 mil milhões, no caso de Espanha. Estas valores são quase tão avultados quanto o montante mobilizado pela UE e pelo FMI para a criação do obscuro fundo de estabilização financeiro que foi anunciado em Maio. Mais grave do que isso é o facto de os bancos se encontrarem confrontados com uma enorme dificuldade em recorrer ao financiamento através de depósitos (a diferença entre a Euribor e as taxas oferecidas nos depósitos foi mesmo negativa durante o segundo semestre de 2009) e com um problema de escassez de dólares (saliente na abertura de linhas de crédito por parte da Reserva Federal norte-americana). No caso português, esta fragilidade traduziu-se mesmo na impossibilidade de recurso ao financiamento nos mercados de capitais, estando os bancos portugueses quase limitados aos empréstimos do BCE. O juro baixo cobrado pelo BCE permite à banca portuguesa realizar margens extraordinárias através dos juros cobrados nos créditos que concede. No entanto, os empréstimos do BCE têm um carácter de curto prazo, o que torna os bancos vulneráveis a eventuais mudanças de política.
No contexto de uma austeridade alargada a todo o espaço europeu e de uma economia mundial dominada pela incerteza e pela possibilidade de um nova recessão, as previsões por parte do Governo português de uma retoma apoiada nas exportações que contrabalance os recessivos cortes públicos parecem, no mínimo, inverosímeis. O resultado será, pois, uma nova recessão e um novo aumento do desemprego, sem que os problemas de dívida pública, em termos relativos face ao PIB, se atenuem. Se a actual volatilidade especulativa nos mercados financeiros se mantiver, a perspectiva de uma reestruturação da dívida pública (a variável politicamente mais saliente no endividamento total) parece inevitável. Este processo será liderado pela Grécia. No entanto, graças ao contágio dos mercados financeiros, depressa afectará o nosso país. Vale assim a pena pensar, num momento em que os países do Sul detêm o poder de negociação sobre os bancos do Norte, em iniciar um processo de reescalonamento transparente da dívida. Este começaria por uma auditoria à dívida pública, seguida de uma renegociação que imponha condições favoráveis aos países devedores. A perspectiva da desagregação da zona euro é, neste cenário, provável. Se tal cenário acarreta riscos, a combinação da desvalorização cambial com a instituição de controlos de capitais e com o controlo público do sistema financeiro poderia permitir uma política industrial capaz de nos tirar da crise que se arrasta há mais de uma década. O cenário contrário será o de uma reestruturação da dívida liderada pelos credores, com as mesmas receitas de sempre: mais austeridade, mais recessão e mais desemprego. Até quando?
Economista, membro do grupo de investigação Research on Money and Finance (www.researchonmoneyandfinance.org)
A Europa entre a austeridade e a renegociação da dívida soberana
Por Nuno Teles (publicado no jornal Público)
Nas últimas duas semanas, por coincidência, dois assuntos dominaram as páginas de economia dos jornais: a aprovação do Orçamento do Estado e a crescente dificuldade de financiamento do Estado português nos mercados de capitais. Não existe um nexo de causalidade necessário entre os dois temas, mas a sua relação é inescapável. Depois da crise em torno da dívida pública dos países do Sul da Europa em Maio, o Governo português comprometeu-se com um programa de estabilidade e crescimento, com o apoio político do PSD, que aponta para um duro caminho de austeridade (só ultrapassado, nas suas previsões draconianas, pelo plano grego). Assim, mesmo sem conhecer ainda o Orçamento, já sabemos o que nos espera: o Governo prevê uma diminuição da despesa pública em 1,3% do PIB em 2011, seguida, em 2012, por uma nova redução em 1,4% - as quais, a par do aumento dos impostos, permitiriam almejar os objectivos de contenção do défice em 3% do PIB e diminuição da dívida pública. Os cortes são, e terão de ser, cegos: na despesa social, no investimento público, nos salários, etc.
As imposições externas, somadas ao estranho quase-consenso público nacional, tornam este programa económico uma inevitabilidade, que se reflectirá certamente na aprovação do próximo Orçamento. Porém, o mais recente relatório do RMF (Research on Money and Finance), coordenado por Costas Lapavitsas, aponta para a insustentabilidade desta trajectória e fornece algumas pistas para a sua superação.
O problema do crescente endividamento externo português (213% do PIB), juntamente com as trajectórias paralelas da Grécia e da Espanha, deveu-se à sistemática perda de competitividade destes países face às maiores economias europeias, no quadro de uma moeda única cuja política é determinada por estas últimas. No contexto de um Banco Central Europeu obcecado com o combate à inflação em detrimento do crescimento, de um pacto de estabilidade e crescimento que impede qualquer esforço público concertado de reconversão das economias e de ausência de mecanismos de redistribuição europeia promotores da coesão, os países com economias mais robustas, como a Alemanha - direccionadas para o mercado externo, com taxas de inflação mais baixas e uma força de trabalho disposta, por razões várias, à perda continuada de poder de compra -, ganharam competitividade em relação às economias periféricas. O resultado foi o crescente endividamento externo de economias como a portuguesa - endividamento esse que, ao contrário do que se possa pensar quando se lê a opinião publicada, tem vindo a ser assumido principalmente pelo sector privado (empresas e famílias, sobretudo as primeiras). 85% da dívida total (interna e externa) actual corresponde ao endividamento do sector privado.
No entanto, em face da recente crise financeira e da fragilidade e volatilidade dos mercados financeiros que lhe têm estado associadas, esta situação possui um reverso da medalha. Os bancos europeus encontram-se fortemente expostos à dívida dos países do Sul: 100 mil milhões de euros, no que se refere a Portugal, e 600 mil milhões, no caso de Espanha. Estas valores são quase tão avultados quanto o montante mobilizado pela UE e pelo FMI para a criação do obscuro fundo de estabilização financeiro que foi anunciado em Maio. Mais grave do que isso é o facto de os bancos se encontrarem confrontados com uma enorme dificuldade em recorrer ao financiamento através de depósitos (a diferença entre a Euribor e as taxas oferecidas nos depósitos foi mesmo negativa durante o segundo semestre de 2009) e com um problema de escassez de dólares (saliente na abertura de linhas de crédito por parte da Reserva Federal norte-americana). No caso português, esta fragilidade traduziu-se mesmo na impossibilidade de recurso ao financiamento nos mercados de capitais, estando os bancos portugueses quase limitados aos empréstimos do BCE. O juro baixo cobrado pelo BCE permite à banca portuguesa realizar margens extraordinárias através dos juros cobrados nos créditos que concede. No entanto, os empréstimos do BCE têm um carácter de curto prazo, o que torna os bancos vulneráveis a eventuais mudanças de política.
No contexto de uma austeridade alargada a todo o espaço europeu e de uma economia mundial dominada pela incerteza e pela possibilidade de um nova recessão, as previsões por parte do Governo português de uma retoma apoiada nas exportações que contrabalance os recessivos cortes públicos parecem, no mínimo, inverosímeis. O resultado será, pois, uma nova recessão e um novo aumento do desemprego, sem que os problemas de dívida pública, em termos relativos face ao PIB, se atenuem. Se a actual volatilidade especulativa nos mercados financeiros se mantiver, a perspectiva de uma reestruturação da dívida pública (a variável politicamente mais saliente no endividamento total) parece inevitável. Este processo será liderado pela Grécia. No entanto, graças ao contágio dos mercados financeiros, depressa afectará o nosso país. Vale assim a pena pensar, num momento em que os países do Sul detêm o poder de negociação sobre os bancos do Norte, em iniciar um processo de reescalonamento transparente da dívida. Este começaria por uma auditoria à dívida pública, seguida de uma renegociação que imponha condições favoráveis aos países devedores. A perspectiva da desagregação da zona euro é, neste cenário, provável. Se tal cenário acarreta riscos, a combinação da desvalorização cambial com a instituição de controlos de capitais e com o controlo público do sistema financeiro poderia permitir uma política industrial capaz de nos tirar da crise que se arrasta há mais de uma década. O cenário contrário será o de uma reestruturação da dívida liderada pelos credores, com as mesmas receitas de sempre: mais austeridade, mais recessão e mais desemprego. Até quando?
Economista, membro do grupo de investigação Research on Money and Finance (www.researchonmoneyandfinance.org)
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Época dos furacões no Atlântico
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
O drama das economias periféricas do euro
A economia regressa ao futuro
por João Rodrigues, Publicado em 13 de Setembro de 2010 no jornal i |
Às periferias europeias resta usarem uma das armas dos fracos: renegociar a sua dívida, partilhando os custos dos ajustamentos com os bancos dos países centrais
As férias dos especuladores, dos que vivem da compra e venda de activos financeiros, tendo como fito o aproveitamento da variação dos preços e a expropriação financeira dos mais fracos, também acabaram. Portugal regressa ao turbilhão dos mercados da dívida pública: os juros da dívida pública portuguesa atingiram o valor mais elevado desde a irresponsável instituição de um euro sem governo económico e sem um banco central digno desse nome.
Na convenção PIGS que se formou nos mercados financeiros internacionais, o i de Irlanda, antes tão incensado pelos economistas neoliberais devido às suas políticas de austeridade, é agora, a par do g de Grécia, o contagioso elo mais fraco. Ao contrário do que diz a fraude económica, as políticas de austeridade, com cortes na despesa e aumentos regressivos de impostos, acrescentam crise à crise da procura, a origem do desemprego de massas, e alimentam todas as profecias auto-realizadoras dos especuladores.
A zona euro não tinha de se esfarelar assim. Atentem no Japão: um país com uma dívida pública sem precedentes, que representa 227% do seu PIB, consequência da oscilação, que dura há mais de uma década, entre recessão e estagnação, depois do rebentamento de uma bolha imobiliária causada pela liberalização do sistema financeiro. Apesar dessa dívida, o Japão não tem problemas de financiamento, porque tem um banco central que faz o que é tão necessário como escandalosamente simples: detém metade da dívida pública do país, imprimindo moeda para a adquirir e devolvendo os juros ao governo. Os países verdadeiramente soberanos podem fazer coisas semelhantes: do Canadá ao Reino Unido, passando pelos EUA.
O horror da inflação! Já ouço os gritos dos economistas que vivem numa bolha académica feita de agentes omniscientes e de mercados auto- -regulados. Onde está a inflação no Japão? Onde? Na Europa ou no Japão, aliás, o problema é a deflação e os seus efeitos perversos: aumento do fardo real da dívida e destruição da capacidade produtiva. As transferências financeiras para os Estados europeus com problemas, por outro lado, são escandalosamente pequenas para uma região que partilha a mesma moeda. A tragédia da zona euro é que, graças aos tratados bizarros, inspirados nos ainda mais bizarros modelos económicos, o BCE só pode salvar o euro se agir na linha do teórico protofascista alemão Carl Schmitt: soberano é aquele que define a excepção à regra.
Sem poderem imprimir moeda e sem o mecanismo de desvalorização cambial, numa União que parece um FMI na América Latina, resta às periferias europeias usarem uma das armas dos fracos, como é defendido num novo relatório do Research on Money and Finance (www.researchonmoneyandfinance.org): renegociarem a sua dívida, partilhando os custos do ajustamento com os bancos dos países centrais. Para resultar, este processo tem de ser organizado por iniciativa dos devedores. Caso contrário, vão ser os credores a ditar as regras do jogo. Preparemo-nos: a luta política é a única variável económica que pode alterar as coisas.
Economista, Centro de Estudos Sociais
por João Rodrigues, Publicado em 13 de Setembro de 2010 no jornal i |
Às periferias europeias resta usarem uma das armas dos fracos: renegociar a sua dívida, partilhando os custos dos ajustamentos com os bancos dos países centrais
As férias dos especuladores, dos que vivem da compra e venda de activos financeiros, tendo como fito o aproveitamento da variação dos preços e a expropriação financeira dos mais fracos, também acabaram. Portugal regressa ao turbilhão dos mercados da dívida pública: os juros da dívida pública portuguesa atingiram o valor mais elevado desde a irresponsável instituição de um euro sem governo económico e sem um banco central digno desse nome.
Na convenção PIGS que se formou nos mercados financeiros internacionais, o i de Irlanda, antes tão incensado pelos economistas neoliberais devido às suas políticas de austeridade, é agora, a par do g de Grécia, o contagioso elo mais fraco. Ao contrário do que diz a fraude económica, as políticas de austeridade, com cortes na despesa e aumentos regressivos de impostos, acrescentam crise à crise da procura, a origem do desemprego de massas, e alimentam todas as profecias auto-realizadoras dos especuladores.
A zona euro não tinha de se esfarelar assim. Atentem no Japão: um país com uma dívida pública sem precedentes, que representa 227% do seu PIB, consequência da oscilação, que dura há mais de uma década, entre recessão e estagnação, depois do rebentamento de uma bolha imobiliária causada pela liberalização do sistema financeiro. Apesar dessa dívida, o Japão não tem problemas de financiamento, porque tem um banco central que faz o que é tão necessário como escandalosamente simples: detém metade da dívida pública do país, imprimindo moeda para a adquirir e devolvendo os juros ao governo. Os países verdadeiramente soberanos podem fazer coisas semelhantes: do Canadá ao Reino Unido, passando pelos EUA.
O horror da inflação! Já ouço os gritos dos economistas que vivem numa bolha académica feita de agentes omniscientes e de mercados auto- -regulados. Onde está a inflação no Japão? Onde? Na Europa ou no Japão, aliás, o problema é a deflação e os seus efeitos perversos: aumento do fardo real da dívida e destruição da capacidade produtiva. As transferências financeiras para os Estados europeus com problemas, por outro lado, são escandalosamente pequenas para uma região que partilha a mesma moeda. A tragédia da zona euro é que, graças aos tratados bizarros, inspirados nos ainda mais bizarros modelos económicos, o BCE só pode salvar o euro se agir na linha do teórico protofascista alemão Carl Schmitt: soberano é aquele que define a excepção à regra.
Sem poderem imprimir moeda e sem o mecanismo de desvalorização cambial, numa União que parece um FMI na América Latina, resta às periferias europeias usarem uma das armas dos fracos, como é defendido num novo relatório do Research on Money and Finance (www.researchonmoneyandfinance.org): renegociarem a sua dívida, partilhando os custos do ajustamento com os bancos dos países centrais. Para resultar, este processo tem de ser organizado por iniciativa dos devedores. Caso contrário, vão ser os credores a ditar as regras do jogo. Preparemo-nos: a luta política é a única variável económica que pode alterar as coisas.
Economista, Centro de Estudos Sociais
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Agosto de 2010 foi quente e seco, segundo o IM
Na continuidade de Julho, o estado do tempo no mês de Agosto foi caracterizado por tempo quente e pela persistência de temperaturas elevadas, muito devido à influência de uma corrente de Leste que transportou na sua circulação uma massa de ar quente e seco.
O mês de Agosto caracterizou-se por valores médios da temperatura do ar, máxima, média e mínima, bastante superiores aos respectivos valores normais 1971-2000 em todo o território do Continente, com anomalias de +3.0ºC, +2.3ºC e +1.5ºC respectivamente.
O valor médio da temperatura máxima do ar para este mês foi 31.8ºC, o que equivale ao 2º valor mais alto desde 1931, apenas ultrapassado pelos 32.2ºC, registados em 2003. O valor da temperatura média do ar foi também bastante elevado, 24.4ºC, é o 3º valor mais alto desde 1931, sendo ultrapassado apenas por 2003 (25.1ºC) e 1949 (24.5ºC). Quanto ao valor médio da temperatura mínima do ar foi o 4º valor mais elevado desde 1931 com 17.0ºC.
O número de dias com temperatura máxima do ar igual ou superior a 30ºC, no Continente, foi de 21 dias (superior ao valor médio 1971-2000, de 12 dias). O número de dias com temperatura máxima do ar igual ou superior a 35ºC também foi muito elevado, destacando-se algumas das estações meteorológicas do interior do Alentejo com mais de 20 dias, Amareleja (25), Portel (24), Elvas e Reguengos (22), Mértola e Neves Corvo (21). Foram também registados dias de temperatura máxima do ar superior ou igual a 40ºC, designadamente nas estações meteorológicas de Amareleja e Portel (9 dias).
O número de noites tropicais (dias de temperatura mínima do ar superior a 20ºC) observado nas estações meteorológicas também foi bastante elevado, destacando-se Faro com 27 e Castro Marim com 23 dias.
Entre o dia 3 e 11 deste mês ocorreu uma onda de calor registada nalgumas estações meteorológicas.
O mês de Agosto de 2010 foi o mais seco dos últimos 23 anos, com uma anomalia de -12.5mm em relação ao valor da normal 1971-2000, classificando-se como um mês muito seco a seco em quase todo o País.
Setembro será quente e seco
Pelo menos até meados de Setembro o tempo será seco e quente. Será um prolongamento do calor de Agosto, embora menos acentuado.
domingo, 5 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
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